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quinta-feira, junho 30, 2005

Barra lateral

A barra lateral, ou como se possa chamar a este espaço à direita, onde coloco divulgações, links etc, aqui no Palavra Imagem, parece ter vida própria e por vezes emigra para sul, e vai lá para baixo para o final do blog.
Se alguém me souber explicar este mistério?!
Já pensei que tivesse a ver com o facto de editar determinada imagem com um tamanho, em termos de largura demasiado elevado. Mas, mesmo sem ter publicado nada, também por vezes verifico que a barra lateral se move para baixo. Sinceramente não estou a ver como resolver a questão. Já vos aconteceu o mesmo? Talvez seja um desejo de época! Como estamos já em finais de Junho, a pobrezinha quer ir de férias e escolheu as paragens do sul! ;) Eu também queria ir com ela! Iria um pouco mais a sul. Sairia do ecrãn e aterraria na Morabeza di kabo Berdi.

segunda-feira, junho 27, 2005


Desfolho o milho!

domingo, junho 26, 2005

A desfolhada

As minhas desculpas aos que passam por aqui regularmente, pois não tenho tido tempo de actualizar o Palavra Imagem, com a regularidade devida nos últimos tempos... Razões a que a profissão obriga nesta época do ano, quando já se pensa em férias aumenta o trabalho! E o meu veio a triplicar!...

Mas, ainda bem que assim é. Pois, pela reclamação expressa no comentário anterior depreendo que alguém me lê com regularidade! O que eu não sabia, já que raramente recebo comentários nos posts! Portanto vá lá! Vamos preencher os comentários, para eu receber algum feedback!

Para além do trabalho a aumentar, ando apreensiva com uma questão que considero pertinente que pode mesmo pôr em causa as leituras de todos, as bibliotecas e o mundo livresco!

De há uns tempos para cá, não sei se já repararam, mas as pessoas deixaram de FOLHEAR livros, e passaram a DESFOLHAR livros. Ora tal é a profusão de gente que desfolha os livros e não os folheia, no meu trabalho ouço-o com regularidade, o fenómeno também abrange a comunicaão social, que me parece que não tarda os livros passam a ser folhas soltas, desfolhadas, ou seja, cairão em extinção. Deixamos de folhear e passaremos a nos juntar em rodas, e desfolhar livros à semelhança das rodas de
desfolhada!

domingo, junho 12, 2005




"Colá Boi" de Simentera, CD "Cabo Verde em Serenata"


Pôr-do-sol em Porto Novo, Ilha de Santo Antão
Manu

Nesta época aguarda-se ansiosamente, em Porto Novo, a chegada do "sanjon" (São João, o santo padroeiro daquela localidade), que sempre tráz consigo a loucura do colásanjon (uma dança típica). Desde há vários meses que os grupos de músicos treinam o ribombar dos tambores, elemento essencial nesta época. Estes ensaios são já parte do quotidiano da vila, que à tardinha sente a brisa marítima e conversa ao som dos ritmos afinados do colásanjon. Por vezes gostava de me sentar aqui a ouvir os tambores dos foliões e a ver esse pôr-do-sol.

sábado, junho 11, 2005


Ilha do Maio
Se já tivessem inventado o teletransporte, seria aqui que me encontrariam neste fim-de-semana prolongado. Recomendo a todos que quiserem viajar no tempo e no espaço. A ilha do Maio é das mais esquecidas ilhas de Cabo Verde. Mas, dispõe de alojamento para turistas, e de paisagens incríveis e belas praias como esta da imagem. Porque não sair das rotas turísticas tradicionais e viajar até ao Maio?

quarta-feira, junho 08, 2005


Campanha de Solidariedade

Apoie um aluno, Cabo Verde agradece

Encontrei hoje a informação de que termina hoje uma acção de solidariedade promovida pela Associação dos Estudantes Caboverdianos, em Aveiro. Talvez possamos colaborar contactando o Instituto Caboverdiano de Acção Social e Escolar, no seu site podemos encontrar a informação necessária de como contribuir com apoio em materiais escolares ou em numerário. Os alunos de Cabo Verde agradecem toda a colaboração.

segunda-feira, junho 06, 2005

NAAAAAAAAAOOOOOOOOOOO

Ainda não nos comeu a terra, já nos tem comido toda a Terra

Estas medidas governativas deixam-me deprimida.
E, andando, ultimamente, envolvida nas malhas das burocracias vem-me à memória um excerto do Padre António Vieira, que no seu "Sermão de Santo António aos Peixes", nos dá sábias e ignoradas lições. Apesar de ser um texto seiscentista, ele continua bastante actual. Erros que se continuam a cometer... Tão comuns são que se não apercebem?
Enquanto assim for não há remédio para o estado da nação. Se não aprendemos com os séculos de história, para que serve a experiência?

«A primeira cousa que me desedifica, peixes, de vós, é que vos comeis uns aos outros. Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior.
Não só vos comeis uns aos outros, senão que os grandes comem os pequenos. Se fora pelo contrário, era menos mal. Se os pequenos comeram os grandes, bastara um grande para muitos pequenos; mas como os grandes comem os pequenos, não bastam cem pequenos, nem mil, para um só grande. Olhai como estranha isto Santo Agostinho: «Os homens com suas más e perversas cobiças, vêm a ser como os peixes que se comem uns aos outros.» Tão alheia cousa é, não só da razão, mas da mesma natureza, que, sendo todos criados no mesmo elemento, todos cidadãos da mesma pátria, e todos finalmente irmãos, vivais de vos comer![...]

Olhai, peixes, lá do mar para a terra.[...] Vós virais os olhos para os matos e para o sertão? Para cá, para cá; para a cidade é que haveis de olhar. Cuidais que só os Tapuias se comem uns aos outros? Muito maior açougue é o de cá, muito mais se comem os brancos. Vedes vós todo aquele bulir, vedes todo aquele andar, vedes aquele concorrer às praças e cruzar as ruas; vedes aquele subir e descer as calçadas, vedes aquele entrar e sair sem quietação nem sossego? Pois tudo aquilo é andarem buscando os homens como hão-de comer, e como se hão-se comer. Morreu algum deles, vereis logo tantos sobre o miserável a despedaçá-lo e comê-lo. Comem-no os herdeiros, comem-no os testamenteiros, comem-no os legatários, comem-no os acredores; comem-no os oficiais dos órfãos, e os dos defuntos e ausentes; come-o a mesma mulher, que de má vontade lhe dá para mortalha o lençol mais velho da casa; come-o o que lhe abre a cova, o que lhe tange os sinos, e os que, cantando, o levam a enterrar; enfim,
ainda o pobre defunto o não comeu a terra, e já o tem comido toda a terra.

Já se os homens se comeram somente depois de mortos, parece que era menos horror e menos matéria de sentimento. Mas para que conheçais a que chega a vossa crueldade, considerai peixes, que também os homens se comem vivos assim como vós. Vivo estava Job, quando dizia: «Porque me perseguis tão desumanamente, vós, que me estais comendo vivo e fartando-vos da minha carne?» (Job, XIX-22).

Vede um homem desses que andam perseguidos de pleitos ou acusados de crimes, e olhai quantos o estão comendo. Come-o o meirinho, come-o o carcereiro, come-o o escrivão, come-o o solicitador, come-o o advogado, come-o o inquiridor, come-o a testemunha, come-o o julgador, e ainda não está sentenciado, já está comido. São piores os homens que os corvos. O triste que foi à forca, não o comem os corvos senão depois de executado e morto; e o que anda em juízo,
ainda não está executado nem sentenciado, e já está comido

Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes,
Capítulo IV.

sexta-feira, junho 03, 2005


Simentera